Cerca de 200 professores da rede estadual de ensino se reuniram para uma manifestação e pedido de aumento de salário nesta quarta-feira (24), em Assis (SP). A classe está em greve e, segundo a classe dos professores da cidade, dos mais de mil professores da região, pelo menos 700 teriam aderido à paralisação.
Com faixas, cartazes e carros de som, os manifestantes fizeram uma passeata pela Avenida Rui Barbosa, a principal da cidade. “Estamos gradativamente desenvolvendo o movimento. Aos poucos os professores estão começando a ter o entendimento do porque do movimento e isso tem crescido. Começamos no primeiro dia com 25% a 30% e, hoje, acredito que estejamos atingindo 80% das escolas de Assis e da região”, informou o coordenador da Apeoesp, Nilton Silva.
Apenas uma faixa da avenida precisou ser interditada. A polícia também acompanhou os manifestantes. Eles reivindicam reajuste salarial e o fim da classe de professores temporários. “O ano que vem, 50 mil professores estarão desempregados no estado de São Paulo. Termina-se o contrato e esses professores têm que cumprir 200 dias fora da escola, sem o emprego. Então, eles estão preocupados. Se entrar na greve eles têm medo de cessar o contrato imediatamente. Coisa que está garantido judicialmente pela Apeoesp que isso não pode acontecer. Queremos que seja extinguida essa questão de categorias. Essa sopinha de letras que o governo fez. Queremos que seja extinto isso. Temos o professor efetivo e o professor não efetivo. É simples”, completou Nilton Silva.
O estado vai se manifestar nesta quinta-feira (25), às 14h, em uma reunião com os professores no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
Região
Em várias cidades, professores que aderiram à paralisação percorrem escolas na tentativa de convencer os colegas. Na região de Botucatu, 15% dos professores estão em greve. Em Bauru não há um balanço de quantos professores aderiram ao movimento. Além do pedido de reajuste salarial, os professores pedem também mais segurança no trabalho e querem mudanças na forma de mediar os conflitos.
A Secretaria de Educação do Estado garante que a paralisação não está afetando as aulas e que o aumento salarial proposto elevará de 42% para 45%. O reajuste será escalonado até 2014.
G1