A nossa reportagem foi informada no último domingo, dia 18, de que um adolescente com necessidades especiais, de 16 anos, foi abandonado pela mãe no Pronto Socorro de Paraguaçu Paulista. O Conselho Tutelar concedeu entrevista e explicou o caso.
Segundo o presidente do Conselho Tutelar de Paraguaçu Paulista, Everton Balbo, a conselheira Sônia Cristina foi informada de que um menino estava tentando entrar em uma conveniência, em um posto de combustíveis, com uma garrafa na mão e bem agressivo. “A conselheira levou ele ao Pronto Socorro, localizou a mãe que também foi acompanhá-lo. Só que a mãe, tendo ciência do que estava acontecendo, foi embora e deixou o menino sozinho com a conselheira”, explicou Balbo.
O garoto pediu para ser levado à casa de um conhecido, porém, ele teve outra crise nervosa e quebrou vários objetos. Ele foi novamente levado ao Pronto Socorro e ficou acompanhado da Conselheira Tutelar, já que a mãe se negou a acompanhá-lo.
O presidente do Conselho Tutelar disse ainda que eles acompanham o adolescente há algum tempo e que as crises ocorrem quando a mãe deixa de medicá-lo. “Quando a mãe deixa de dar os remédios, ele se torna agressivo e foge de casa. Em todas essas vezes, ele acaba indo parar no Pronto Socorro. Só no último mês, foram três vezes”, disse.
Agora, foi conseguida uma vaga para o adolescente na ala psiquiátrica do Hospital Regional de Assis, onde ele já se encontra internado e passará por exames nesta terça-feira.
Um boletim de ocorrência de abandono de incapaz foi feito contra a mãe do menino. “Ela estava ciente que ele seria levado ao Pronto Socorro e ela se negou a acompanhar”, acrescentou Balbo.
Outros membros da família foram procurados pelos conselheiros para que possam abrigar o jovem, porém, todos recusaram recebê-lo. O pai do abandonado é falecido.
Rosa Maria Cordeiro da Silva, Conselheira Tutelar, disse que o trabalho agora será realizado com a família. A mãe do abandonado já iniciou um tratamento com o Departamento de Saúde Mental, mas desistiu.
Everton Balbo, Presidente do Conselheiro Tutelar de Paraguaçu, explicou o caso