Sindicato de Assis homenageia bancários pelo seu dia



Ontem, dia 28 de agosto, foi comemorado o Dia Nacional do Bancário. O Sindicato dos Bancários de Assis e Região parabeniza toda a categoria e lembra as lutas em defesa dos direitos da classe trabalhadora. 

Para o presidente do Sindicato, Helio Paiva Matos, a data deve ser comemorada por conta de todas as conquistas alcançadas até agora, mas é preciso avançar ainda. “Lutamos diariamente em defesa dos direitos dos bancários cada vez mais massacrados pelos banqueiros que tem obtido alta lucratividade exigindo metas abusivas e impraticáveis e a consequência disso tudo são bancários adoecidos”, ressalta.

Matos cita algumas ações que estão sendo realizadas em prol da classe trabalhadora como as reivindicações por uma qualidade de vida do bancário, respeito a jornada de trabalho, a Campanha Salarial dos Bancários de 2013, lançada em 14 de agosto. “Nossa luta é em prol de toda a classe trabalhadora, pois cobramos novos concursos públicos e contratações por parte dos bancos para a melhoria do atendimento da população e a redução da sobrecarga de trabalho dos bancários”, destaca.


História

Em 1951, os bancários brasileiros decidiram inovar na luta por reivindicações salariais e por melhores condições de trabalho. A mobilização da categoria seria unificada nacionalmente. As principais reivindicações pediam reajuste de 40%, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço. As sucessivas tentativas de negociação fracassaram. Os bancários recusaram o dissídio coletivo e, em São Paulo, realizaram paralisações simbólicas de minutos, dos dias 12 de julho a 2 de agosto. Os banqueiros acenaram com um reajuste em torno de 20%, mas os bancários de São Paulo mantiveram sua reivindicação.

No dia 28 de agosto de 1951, uma assembleia histórica no Sindicato dos Bancários, contando com a presença de 28% da categoria, decidiu ir à greve para conseguir seus direitos. A greve foi deflagrada e logo duramente reprimida. O DOPS prendia e espancava os grevistas. Em todo o Brasil a manipulação da imprensa levou os bancários de volta ao trabalho, mas a categoria em São Paulo resistiu e, em consequência, a repressão aumentou. Somente após 69 dias de paralisação, a categoria arrancou 31% de reajuste.

Após o término da paralisação a repressão foi ainda mais acentuada. Centenas de bancários foram demitidos e as comissões por bancos foram desmanteladas pelos banqueiros. Mas, como resultado mais positivo, a greve de 1951 colocou em xeque a lei de greve do governo Dutra e provocou, também, a criação do Dieese em 1955.

Isto não significa que a organização do movimento de bancários tenha apenas 50 anos. Não! Suas lutas começaram muito antes. E, como em 1951, a categoria repetiu em outros anos manifestações semelhantes, que garantiram conquistas hoje incorporadas a sua vida laboral. É o caso da jornada de 6 horas, do fim do trabalho aos sábados, da convenção coletiva nacional, do tíquete-refeição, do tíquete-alimentação, da participação nos lucros e resultados, além de outros direitos duramente conquistados.


Legislação

O Dia Nacional dos Bancários foi instituído por meio da Lei nº 4.368, de 23 de Julho de 1964. O texto foi publicado no Diário Oficial da União no dia 7 de agosto do mesmo ano.

A data comemorativa tem o objetivo de “manter a unidade e fortalecer os laços fraternais que ligam os componentes dessa categoria profissional em todo o país”.

O texto é assinado pelo então presidente, marechal Humberto De Alencar Castello Branco, no primeiro ano do Regime Militar.



Ello Assessoria de Imprensa

 



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