Comerciante é achado morto com tiro na nuca em cidade da região


Júnior César Ignes foi encontrado já sem vida no banheiro de sua casa, no Jardim Cavalari; polícia acredita que o crime tenha sido cometido por algum conhecido da vítima.


VÍTIMA - Júnior César Ignes morreu aos 47 anos - Ricardo Prado

O comerciante Júnior César Ignes, 47, foi encontrado morto com um tiro na nuca no chão do banheiro da sua casa, no Jardim Cavalari, zona oeste da cidade, ontem de manhã (23). A Polícia Civil acredita que o assassinato, o 19º registrado somente este ano na cidade, tenha sido cometido por algum conhecido da vítima, no entanto a autoria e a motivação ainda são desconhecidas.

De acordo com as informações da Polícia Militar, por volta das 8h30, a faxineira Célia Regina Siqueira chegou para trabalhar no imóvel, localizado na Rua Izaias Profeta do Espírito Santo, no entanto encontrou o portão aberto, prática incomum do patrão. Ela percebeu também que picape dele, uma Volkswagen Saveiro, não estava na garagem.

“Fui entrando na casa e percebi que a porta da frente também estava aberta. Depois vi que a TV da sala estava ligada e eu chamei por ele. Quando entrei no banheiro, o vi caído com muito sangue ao seu redor”, relata.

Assustada, Célia ligou para o telefone 190 e comunicou o ocorrido. Policiais militares foram ao local e, ao constatarem o crime, acionaram o delegado plantonista Guilherme Marzola e o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Aéliton Roberto de Souza.

Vizinhos afirmaram que o comerciante chegou em casa com um homem e durante a madrugada, por volta das 4h30, ouviram dois disparos de arma de fogo. Segundo o chefe da especializada, Júnior era homossexual e as pistas encontradas no local não sugerem que o comerciante tenha lutado antes de ser morto. 

“Ele estava de cueca, com apenas uma perfuração na nuca. A posição que achamos o corpo sugere que ele tenha sido baleado e apagado instantaneamente. Como essa área do corpo é menos rígida e o projétil muito provavelmente esteja alojado no crânio, acreditamos que a arma do crime seja um revólver calibre 32 ou 38. Se fosse uma pistola 9mm, a bala teria transfixado”, afirma.


CRIME - 19º homicídio do ano aconteceu na madrugada de ontem no Jardim Cavalari; latrocínio ainda nã - Ricardo Prado

Dois computadores da vítima e uma pochete com documentos pessoais e dinheiro foram apreendidos e serão periciados pelo IC (Instituto de Criminalística). Já a picape de Júnior foi procurada, mas não localizada.

“A princípio, vamos registrar o caso como homicídio, mas pelo desaparecimento do veículo ainda não podemos descartar a tese de latrocínio. Como é uma casa pequena e não encontramos sinais de arrombamento, acreditamos que o autor desse crime conhecia a vítima, que teria autorizado a sua entrada”, finalizou.

O corpo do Júnior, que era proprietário de um trailer de lanches também no Jardim Cavalari, passou por exame de necropsia no IML (Instituto Médico Legal).

Marília agora contabiliza 19 assassinatos somente nesse ano. O número é 46% maior no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando havia ocorrido 13 mortes dolosas. Em 2012 todo, 20 pessoas foram vítimas de homicídio na cidade.

 

 

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