Estudantes deixaram vazias as salas de aula da ETEC Augusto Tortolero Araújo, em Paraguaçu Paulista, pintaram os rostos, e com cartazes nas mãos saíram em passeata na manhã desta terça-feira, dia 21, pelas ruas da cidade, em apoio à greve dos professores da unidade técnica de ensino. 

Em carta abeta à comunidade, a ETEC do município relata os motivos do início da grave. Um dos pontos da reivindicação é a implantação de um plano de carreira discutido há dois anos, falta de funcionários e professores. 

Segue alguns trechos da carta:

Dentre alguns pontos importantes discutidos temos: a evolução funcional por tempo de trabalho e titulação; a licença maternidade de 180 dias; e benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-transporte e plano de saúde, contemplados pela CLT e que o Centro Paula Souza não cumpre. 

Desde então, estamos pressionando pela implantação dessa carreira e muitos atos e manifestações foram realizadas em todo o estado. Durante o ano de 2013, houve várias negociações entre as partes e foi construída uma proposta considerada razoável pelos trabalhadores, que aceitavam deixar de fora algumas reivindicações históricas, a fim de agilizar seu trâmite e ver o novo plano implantado naquele ano.

No meio de 2013, quando as negociações terminaram, o projeto seguiu para o governo, que precisaria apenas enviá-lo à Assembleia Legislativa. Embora tenha se comprometido a fazer isso ainda em 2013, a tempo de ser aprovado até o final do ano, o governo não cumpriu a palavra. Hoje, ele se nega a dar uma posição concreta a respeito da tramitação dessa carreira. Também há informações de que ele pretende cortar alguns itens acordados entre as partes. A luta, portanto, é para forçá-lo a enviar o projeto para a Assembleia e aprová-lo sem cortes e com urgência, visto que, se não for encaminhado e votado até abril, por conta do período eleitoral deste ano, só o será em 2015.