Trotes telefônicos de presidiários deixam população de Paraguaçu em pânico


 

Alguns moradores de Paraguaçu Paulista vêm recebendo diariamente trote telefônico e na última semana a situação vem se alastrando. 

Segundo uma vítima de um trote telefônico, ela recebeu uma ligação a cobrar na última semana, no telefonema uma voz feminina pedia por socorro dizendo que era sua filha e que havia sido seqüestrada, ela pedia que enviasse dinheiro aos sequestradores, mas logo a vítima percebeu que a voz não era de sua filha e desligou o telefone, logo ela ligou para sua filha e viu que estava tudo bem, mas rapidamente voltaram a ligar, novamente a cobrar, porém vendo que era a mesma pessoa a vítima desligou.

De acordo com Sargento Marco Antonio do Carmo, as ligações são feitas de presídios, não só da região, mas também de outros estados, os presidiários possuem uma central telefônica em casas próximas aos presídios, eles ligam do presídio e através da central o telefonema cai esporadicamente em qualquer local do Brasil.

Outro caso ocorreu com outra moradora, que tem um filho que reside na cidade de Jaú, recentemente ela recebeu uma ligação a cobrar dizendo que era da polícia rodoviária e que seu filho havia sofrido um acidente e que era necessário que ela enviasse uma quantia para eles darem entrada em um hospital. Logo chegou um amigo da vítima e viu o seu estado e começou a falar com o suposto “policial rodoviário”, eles pediram para que anotassem o número da conta bancária, pedindo para aguardar na linha, o amigo entrou em contato com o filho da vítima, que no momento estava trabalhando.

Sargento Marco Antonio do Carmo diz ainda que manter a calma e entrar em contato com a pessoa que dizem ter sido seqüestrada é a melhor maneira de fazer assim que receber uma destas ligações.

Na última quarta-feira, dia 24, a senhora A. C., 72 anos, também foi mais uma vítima, ela recebeu um telefonema a cobrar, com uma voz de mulher dizendo que era sua filha e que bandidos estava com uma arma em sua cabeça, na ligação ela pedia para que A. C. depositasse a quantia de R$ 10 mil em uma conta corrente, a vítima disse aos supostos “sequestradores” que não tinham essa quantia, eles então disseram que queriam pelo menos R$ 5 mil se não recebessem iriam matar a sua filha, desesperada a vítima deixou o telefone fora do guancho e correu na sua vizinha pedindo para entrasse em contato com seu outro filho, no qual entrou em contato com sua irmã que estava no seu trabalho e nada havia acontecido.

V. M. também passou pela mesma situação. Ela estava em seu serviço quando recebeu uma ligação a cobrar, uma voz idêntica ao de seu filho, que reside em outra cidade, pedia socorro, dizendo que havia sido roubado e que estava dentro de um carro com quatro homens que iriam matá-lo se ela não ajudasse, um dos supostos “sequestradores” interferiu na conversa dizendo se ela não era mãe de “fulano”, ela respondeu que não era, imediatamente eles desligaram o telefone. V.M. entrou em contato com o seu filho que no momento estava na sua casa.

Sargento Marco Antonio do Carmo
Senhora A.C., de 72 anos, uma das vítimas

 



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