Servidor de Paraguaçu encerra greve de fome iniciada na segunda-feira


Após três dias, o motorista de ambulância Elber dos Santos Belo, de 48 anos, encerrou no fim da tarde desta quinta-feira a greve de fome em protesto pelo reajuste no vale-alimentação dos trabalhadores municipais. Desde segunda-feira ele permaneceu acampado em frente à prefeitura, ingerindo apenas água e isotônico.

Segundo o servidor público, ele encerrou a greve de fome após receber um parecer do Juiz da comarca. “Coloquei fim da greve porque o Juiz tomou a frente do caso e decidiu marcar uma audiência com o prefeito para o próximo dia 24 de julho”, relatou.

Os servidores pedem aumento de R$ 500 a serem pagos em parcelas mensais de R$ 100 até chegar ao valor do reajuste. Além disso, eles reivindicam incorporação do abono ao salário e a implantação do plano de cargos e carreiras.

Na última semana, a prefeitura fez uma proposta de aumentar o vale-alimentação em R$ 100, dividido em duas parcelas de R$ 50. Porém, os servidores não aceitaram. Enquanto não decidem pelo fim da greve, a população continua sentindo os efeitos da paralisação. Um dos serviços mais afetados é a coleta de lixo. As lixeiras estão lotadas e os moradores amontoam o lixo no meio da rua.

De acordo com o sindicato, 30% dos servidores da coleta estão tentando atender todos os bairros, mas tem muita coisa ficando pra trás. Na semana passada, moradores fotografaram os animais revirando o lixo que fica espalhado pelas ruas da cidade. Vacas e até um porco estão aproveitando tanto lixo acumulado.

A Prefeitura de Paraguaçu Paulista informou que está analisando a contraproposta para o vale-alimentação. Sobre as outras reivindicações, a prefeitura havia informado, no dia 26 de junho, que seguia a orientação do Tribunal de Contas, visto que Paraguaçu Paulista está no limite prudencial de gastos com pessoal, o que impede o atendimento integral dos pedidos. A prefeitura também informou que já deu o reajuste da inflação aos servidores.



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