Funcionários dos Correios de várias cidades do Brasil anunciaram o início da greve nesta quarta-feira, dia 16. Em Paraguaçu Paulista, sete funcionários também aderiram à paralisação, que será mantida por tempo indeterminado.
Em seu primeiro dia, a greve já atinge 20 sindicatos em pelo menos 12 estados brasileiros, incluindo São Paulo. Segundo o Sindicato dos Empregados dos Correios de Bauru (Sindecteb), a adesão na região chega a 70% dos cerca de 3 mil funcionários lotados em 207 cidades.
Mas, no País, de acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, 90,69% dos empregados trabalharam normalmente ontem, estando a paralisação concentrada na área de distribuição, com ausência de 34,13% dos carteiros.
Estatísticas regionais não foram divulgadas, mas o sindicato afirma que, em Bauru, todas as agências e centros de distribuição seguem parados, o que afeta integralmente os serviços de atendimento ao cliente e tratamento e entrega de correspondências e encomendas. “Parte dos funcionários do setor administrativo também está parada”, acrescenta o presidente do Sindecteb, José Aparecido Gimenes Gandara.
Segundo o diretor do Sindicato dos Empregados dos Correios de Bauru, Vanderlei Aparecido Santos, eles estão em negociação com a direção dos Correios, em Brasília, há 60 dias, e durante esse período a empresa desrespeitou a pauta dos trabalhadores sem qualquer avanço em suas cláusulas. "No último dia 03 eles apresentaram uma proposta rebaixada que não repunha a inflação que seria aumento de 3% em agosto e 3% em janeiro 2016, quando a inflação do período é de 9,56%, além de propor uma cobrança no valor de 6,2% a 12,98% do salário bruto dos funcionários como mensalidade ao plano de saúde de forma compartilhada, ou seja, paga quando for utilizar".
Santos relatou que a categoria reivindica suspensão da cobrança do plano de saúde e aumento linear sem forma de abono, já que o piso salarial dos carteiros e atendentes hoje é de apenas R$ 1.104,00.
A greve iniciou nesta quarta-feira e será mantida por tempo indeterminado