Na madrugada desta quarta-feira, dia 16, morreu na Santa Casa de Paraguaçu Paulista a senhora Maria José Domingues da Silva, de 68 anos, moradora da Vila Priante. Os familiares da paraguaçuense acusam o SAMU de negligência, relatando que ela estava com falta de ar e eles demoraram mais de uma hora para o atendimento, mas, segundo o SAMU, o atendimento demorou apenas oito minutos.
José Reginaldo, genro de Maria José, relatou à nossa reportagem que precisou fazer três ligações para o SAMU para que eles pudessem chegar, e que a viatura que foi fazer o socorro da sua sogra veio de Assis, o que ocasionou a demora no atendimento.
“Da primeira vez que ligou até a chegada do SAMU demorou mais do que uma hora. Se eles tivessem comparecidos rapidamente, ela não teria chegado à óbito”, explicou José Reginaldo.
A nossa reportagem entrou em contato com o SAMU de Assis, onde Virgínia Sara Lopes Luiz Kohle, coordenadora geral, relatou que o primeiro telefonema da família para o SAMU ocorreu às 3h58, e o óbito de Maria José foi decretado pelo médico do Pronto Socorro de Paraguaçu Paulista às 4h27.
“Não sei se foi o neto ou filho que ligou aqui às 3h58. Nessa ligação, ele falou que a senhora estava com falta de ar e não conseguia respirar. Aí pegou alguns dados e passou para o médico. [...] Quando passaram três minutos, ele ligou novamente e disse: ‘Nossa, já faz vinte minutos que eu liguei’, aí a atendente falou: ‘Não, faz três minutos que o senhor ligou’. [...] No período da ligação até eles chegarem deram oito minutos. Tanto é que eles atenderam, levaram até a Santa Casa e às 4h27 foi dado o óbito”, relatou Virgínia.
Sobre a viatura ter saído de Assis para fazer o atendimento em Paraguaçu Paulista, a coordenadora do SAMU explicou que isso não ocorreu.
“A viatura saiu de Paraguaçu Paulista mesmo. O condutor que trabalha aqui em Assis que está trabalhando lá este mês. Mandamos viatura daqui, um exemplo, em caso de acidente em que o SAMU daí já começou atendimento e viu que precisa de apoio”, disse a coordenadora.
Virgínia frisou que todas essas informações estão registradas no sistema do SAMU e não tem como serem burladas.
“Tudo isto está na ficha. Neste sistema que nós temos, não tem como burlar, mesmo que eu queira não consigo mexer”, concluiu.