Márcio Milan realiza palestra durante noite de autógrafos no Rotary Club

O paraguaçuense, de 66 anos, chegou à terra natal pedalando.


 

Cerca de 400 pessoas participaram na última sexta-feira, dia 04, da palestra do paraguaçuense Márcio Milan, realizada no Rotary Club. O evento também marcou o lançamento do seu livro “RAAM, Mr. Milan - No limite do corpo, da alma e da razão”, escrito por Wagner Hilário.

O paraguaçuense, de 66 anos, chegou à terra natal pedalando. Ele saiu de São Paulo, e depois de cerca de vinte e quatro horas chegou à Paraguaçu Paulista, onde foi recepcionado no Supermercados Kawakami.

No início da manhã de sexta-feira, Márcio Milan se reuniu com comerciantes na Associação Comercial, onde contou um pouco da sua vida e principalmente da sua trajetória profissional.

Já à noite, o paraguaçuense proferiu uma palestra no Rotary Club para cerca de 400 pessoas, entre estudantes da Etec, rotarianos e integrantes da comunidade. Foi servido um coquetel, e  após Marcio Milan e Wagner Hilário ficaram disponíveis para conversar com os presentes e autografar seus exemplares do livro.

Em entrevista, Milan falou o que o motivou a ser um atleta. "Eu comecei quando tinha 45 anos. Eu não encontrava tempo para fazer nada, a minha família reclamando que eu só trabalhava e eu já estava me sentindo um pouco cansado na época. Foi aí que eu vi as personalidades praticando esportes, e eu achava que praticar esportes era só para gente rica, quando na realidade você precisa apenas de um tênis, um shorts e uma camiseta. Então eu comecei de uma forma muito rudimentar, dando volta em torno da minha casa e jogando pedras para contar quantas voltas eu já tinha dado, eu falava: 'hoje eu dei dez voltas, amanhã quero dar onze, depois doze'. Foi aí que eu comecei a praticar esportes e a partir daí eu não parei mais."

Milan falou também de quando aceitou participar da prova Ironman, mas não sabia nadar e pedalar e precisou aprender em pouco tempo. "Quando o Pão de Açúcar estava comemorando cinquenta anos, o filho do Abílio Diniz, o João Paulo, me convidou para fazer o Ironman. Eu havia acabado de fazer uma ultramaratona, e aceitei o desafio. Ele me chamou em setembro e até dezembro eu não tinha feito nada. Ele falou se eu sabia nadar e pedalar, eu disse que não. Eu contratei dois professores, um para me ensinar bike e outro para ensinar natação. Aí eu tinha aula de natação duas vezes por dia, às 5h e às 12h30 todos os dias. Foi uma coisa muito intensa. Eu fui entrar no mar só um mês antes da prova, eu entrei e não conseguia sair, o professor pediu para eu mergulhar, eu mergulhei e não voltava, aí ele precisou se jogar para me buscar lá embaixo."

Outra participação que marcou Milan foi na ultramaratona na África do Sul, quando ele pensou em desistir, mas ganhou um 'empurrãozinho'. "A ultramaratona na África do Sul é considerada uma das mais difíceis do mundo, por causa do percurso e o tempo que precisa fazer. [...] Eu já queria desistir faltando 8 km, foi quando uma pessoa do Brasil me falou que eu era o único brasileiro que estava na prova, os outros dez haviam desistidos da prova. Isso me deu um gás e fui embora."

O paraguaçuense comentou o que o motiva a continuar a participar destas provas. "O que motiva a continuar é que quando eu terminei uma maratona em Nova York, onde eu já fiz dez vezes, e eu estava ansioso para saber a minha classificação [...] aí eu fui pegar o jornal para olhar a minha classificação, de 16 mil pessoas eu fiquei entre as primeiras 3 mil, isso foi uma satisfação. Eu fui curioso e fui ver quem foi a última pessoa que tinha chegado dentro de seis horas, e era um senhor de 91 anos. Aí eu falei: 'caramba, vou treinar para fazer uma maratona para quando eu tiver 91 anos de idade'."

Sobre a sua recepção em Paraguaçu Paulista, Milan falou que foi uma gratificação muito grande ter sido recebido da forma que foi e ter tido uma grande atenção.

O executivo, que hoje vive em São Paulo, é vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e por mais de 40 anos trabalhou no Grupo Pão de Açúcar. No evento, ele falou sobre sua trajetória como atleta de esportes de ultrarresistência e sobre como conseguiu conciliar a atividade com a carreira de alto executivo da maior empresa de varejo do País.

O evento foi realizado pelo Rotary Clube e Poligrafia Editora e contou com o apoio dos Supermercados Kawakami e do grupo de ciclismo da cidade Sou + Bike.

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