Há um áudio circulando pelo WhatsApp em que uma moradora de Paraguaçu Paulista relata que foi até o pronto-socorro da cidade para levar a sua filha para atendimento, e que a médica que as receberam disse que existem quatro pacientes diagnosticados com H1N1 internados na Santa Casa e um paciente na UTI com Chikungunya. Além disso, a médica relatou que na última semana um paciente morreu de complicações da H1N1. Essas informações deixaram a população de Paraguaçu Paulista assustada. A nossa reportagem foi procurada pelo provedor da Santa Casa do município, Osnir Zancanaro, que explicou sobre as afirmações relatadas no áudio.
De acordo com Zancanaro, sobre o paciente que faleceu na última semana, não existem provas de que a morte foi causada pelo vírus H1N1."Não há nada diagnosticado que a sua morte foi por causa do H1N1 ou dengue. A gente só pode afirmar a partir do momento que existe o laudo do Instituto Adolfo Lutz. Foi colhido o material que foi encaminhado para análise, e demora cerca de 10 a 15 dias para sair o resultado, e esse resultado nós não temos ainda, então não podemos afirmar com certeza de que ele faleceu disso ou daquilo", explicou o provedor.
Sobre o paciente internado na UTI da Santa Casa com Chikungunya, Zancanaro desmente a informação. "Isso não procede, realmente não tem. O que existe é um paciente de Garça que veio para a nossa UTI pela CROSS, que é uma central de vagas de UTI pelo SUS, e ele tem suspeita de H1N1, mas não foi confirmado também. Foi colhido sorologia e encaminhado para o Instituto Adolfo Lutz. Esse é suspeita também."
Ainda no áudio, a paraguaçuense relatou que foi informada pela médica plantonista de que caso alguém necessite de atendimento médico é para ir para uma clínica particular ao invés de procurar o pronto-socorro, para poder evitar contato com pessoas com vírus H1N1. Zancanaro falou sobre o assunto: "Se a pessoa está com sintoma, está doente, ela tem que procurar um pronto-socorro. A médica quis dizer que, neste momento, é um lugar de aglomeração, então se as vezes a pessoa tem uma dor de cabeça e vem em um lugar muito aglomerado e se tiver algum caso de H1N1 poderá acabar sendo contaminada. Acho que houve uma má interpretação. Eu conversei com a médica e ela me disse que não foi bem assim que foi dito. Agora o pessoal acha que não deve mais procurar o pronto-socorro, mas pode sim."
O provedor orienta à população a não utilizar apenas o pronto-socorro, dependendo do sintoma, mas também se direcionar aos postos de saúde dos bairros."Eu quero deixar bem claro: durante a semana existem postos de saúde, não é só o pronto-socorro que atende. Fim de semana, sim, só o pronto-socorro atende. De segunda à sexta-feira procure os postinhos que são menos aglomerados, aí distribui mais o pessoal. Se todo mundo vier aqui, fica até difícil do médico atender tanta gente", concluiu.