Mudanças! Só climáticas?

Leia o artigo de Valter Fortuna.



Ao longo das décadas muito se falou sobre mudanças climáticas, derretimento polar, efeito estufa e uma realidade que nos parecia muito mais com temas de filmes do que com a realidade vivida por cada um de nós, há tempos atrás.

Hoje as tais mudanças climáticas já são uma realidade para a população e suas mais variadas formas de demonstração prática fa¬zem parte do cotidiano de cada um de nós, pois são claras as ameaças à infraestrutura de cidades, à diminuição da produtividade nas lavouras, a produção de alterações nos oceanos e risco em relação à disponibi¬lidade de alimentos nos mares, rios e na terra.

É um cenário que saltou das telas dos filmes para o nosso dia a dia e, todos nós, ao longo dos últimos anos, também temos presenciado uma maior intensidade e frequência de desastres e, consequentemente, maiores da¬nos e perdas de ordem econômica, social e ambiental, colocando até a vida animal e, principalmente a nossa e a integridade de nossas famílias, em risco.

Ao longo de todos os anos, desde que a 2ª Guerra Mundial se precipitou sobre a humanidade, as organizações dos países perceberam a necessidade e caminharam para a instituição de uma organização que socorresse as pessoas em caso de crises. Tudo caminhou e para nós, frente à necessidade de gerir os riscos e os desastres e fazer frente a esse desafio, foi criado o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil de maneira articulada, coordenada e organizada.

O foco da Defesa Civil está na prevenção e na mitigação dos riscos e, ainda, na garantia da adequada resposta e na recuperação pós-desastre, para uma efetiva prote¬ção e segurança da população.

Mas só o “tal do sistema” não faz nada sozinho e, por isso, a participação ativa de todos, unindo esforços na busca de fomentar a cultura de prevenção em nosso meio é fundamental e, por isso, uma postura de mudança em cada um de nós deve ser adotada imediatamente.

Velhos hábitos como queimar o lixo ou as folhas da árvore no fundo do quintal, como “varrer” o seu lixo para fora de sua casa ou terreno em direção das ruas, o uso indiscriminado da tecnologia e da cadeia produtiva sem respeito aos critérios ambientais e ainda, a construção ou instalação de imóveis – para quaisquer fins – em locais impróprios, precisam ser abandonados.

As mudanças climáticas que hoje causam ventanias destruidoras, chuvas acima dos limites e granizos inesperados estão aí e, quando tudo isso vier, receberemos socorro, mas fica a questão: Por que não podemos mudar a nossa postura e tentar evitar que venham? Por que não podemos fazer uma simples ação de ser gentil com a natureza não jogando lixo na rua e não queimando resíduos, poupar vidas e despesas? Pense... A Defesa Civil somos todos nós!

 


Prof. Valter Luís Fortuna Xavier
Professor Efetivo da Rede Estadual de SP e da Rede Municipal, Especializado em Treinamento, Pós Graduado em Metodologia, Didática e Gestão Pública, Especializado em Defesa Civil pelas Universidades Federais de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e UNIVESP, Mestre de Cerimônias e Comunicador



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