Paraguaçuense, que reside no Japão, está sendo voluntário no país



Após onze dias da grande tragédia ocorrida no Japão, quando um terremoto de 6,6 e um tsunami atingiram parte do país. O paraguaçuense Edilson Lima, conhecido como Tuquinha, que há 16 anos reside na terra do sol nascente, em Iga-shi, Província de Mie-ken, há 700 quilômetros do epicentro do terremoto, relata a tragédia do país e conta como ele e outros brasileiros estão ajudando as vítimas.

Edilson atualmente trabalha na fábrica da empresa Exidy, ele é responsável pelo seu setor, onde trabalham apenas brasileiros. O paraguaçuense está cadastrado na Cruz Vermelha, como motorista voluntário de veículos grandes, pois a maioria dos motoristas japoneses não estão oferecendo ajuda para se dirigirem até o local da tragédia. “A Cruz Vermelha tem todos os meus dados, assim que eles precisam de mim, eles me ligam e vou imediatamente, sou dispensado do serviço e fico a disposição deles”, diz Edilson.

O paraguaçuense diz ainda que estão chegando doações de todas as partes do mundo, porém, em alguns locais do país, os brasileiros são os mais solidários. “Já fui até o local levar um caminhão carregado de água para o quartel do exército. Vários policiais vinham perguntar para mim porque resolvi fazer isso, pois era muito arriscado estar ali. Disse a eles que não importava o risco e sim o ato de poder ajudar, mesmo não ganhando nada, sendo apenas voluntário”.

Ele conclui dizendo que na empresa em que trabalha, ele é também o líder em caso de catástrofes. “Tenho que cuidar da segurança do grupo, então resolvemos instalar várias placas indicando os locais de refúgio e para onde as pessoas devem correr em caso de algum terremoto, no dia da tragédia, mesmo há 700 quilômetros distantes do epicentro, sentimos  o tremor, os aparelhos de ar condicionado balançavam, houve um princípio de pânico”.


Edilson na empresa em que trabalha


Fábrica da empresa Exidy, onde Edilson é responsável pela sua turma,
que é formada apenas por brasileiros

 Assista ao vídeo feito quando Edilson foi como voluntário, ajudar as vítimas da tragédia



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