Foram captados os rins da paciente, que teve morte encefálica diagnosticada na manhã de quinta-feira
A captação do órgão aconteceu na madrugada do dia 26. Foram retirados os rins da paciente
Mesmo com uma comissão preparada há alguns anos, foi na madrugada da última quinta-feira, dia 26, que a Santa Casa de Paraguaçu Paulista realizou a sua primeira captação de órgãos para transplante. A ação entrou na história da instituição, onde foram retirados os rins de uma mulher de 58 anos.
A paciente, que não teve a sua identidade revelada, deu entrada no pronto-socorro da Santa Casa de Paraguaçu Paulista no último dia 20, com um quadro de AVC – Acidente Vascular Cerebral. Após ser examinada, ela foi encaminhada à UTI – Unidade de Terapia Intensiva. No domingo, ela foi levada para avaliação neurológica em Marília, onde o médico diagnosticou a extensão do AVC e optou pela não realização de cirurgia. De volta a Paraguaçu Paulista, a paciente passou por eletroencefalograma, na terça e quarta-feira, onde foi comprovada a sua morte encefálica.
De acordo com Lucilene Toneli de Souza, administradora da Santa Casa de Paraguaçu Paulista, a comissão de captação de órgãos realizou os procedimentos necessários. “A nossa equipe acionou a nossa DRS – Departamento Regional de Saúde de Marília, que tinha uma paciente candidata à doação de órgãos. Assim, começaram os trabalhos”, relatou.
Para a captação, a Santa Casa recebeu a equipe da OPO – Organização de Procura de Órgãos. “Os profissionais iniciaram com o eletroencefalograma, para ver se a morte encefálica era verídica. Eles constataram a morte e iniciaram os exames. Com os exames todos positivos, eles colocaram na central que ela é uma candidata, aí eles começaram a procurar as equipes para a retirada dos órgãos. A equipe que estava disponível já começou a agilizar o processo para vir retirar o órgão. Aqui, para nós, conseguiram retirar os rins. O órgão voltou para Marília, onde foram feitos novos exames”, explicou Gisele Montessi, enfermeira supervisora da UTI.
Os órgãos doados foram levados para Marília, onde passaram por novos exames
Lucilene comentou como foi a reação da família ao saber que a paciente era uma candidata à doação de órgãos. “Quando abordamos os cinco filhos da paciente e falamos a respeito do transplante de órgãos, eles disseram que ela sempre foi uma pessoa muito boa, que sempre gostou de ajudar todo mundo, e que então eles queriam fazer isso sim. Eles acreditam que a sua mãe queria sim ajudar outras pessoas com a doação do órgão dela”, comentou.
A administradora da Santa Casa disse que esta ação foi uma evolução para a Santa Casa. “Foi também uma satisfação imensa de saber que estamos lutando para dar oportunidade de vida para as pessoas. É um procedimento de alta complexibilidade e a nossa gestão está preparada para isso”, concluiu.
Lucilene Toneli de Souza, administradora da Santa Casa; Carla Andrade, enfermeira supervisora do pronto-socorro, e Gisele Montessi, enfermeira supervisora da UTI, relataram todas as informações da ação que marcou a história da Santa Casa de Paraguaçu Paulista
Toda equipe que empenhou para a retirada dos orgãos.