Empresa propicia novas perspectivas para trabalhadores rurais que atuam no corte de cana
Além de alimentação e transporte, a Cocal oferece também o material didático
Somente neste mês de junho terão início quatro cursos de qualificação profissional do Programa RenovAção da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) e da Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo). Em todos eles a Cocal terá a participação de seus colaboradores, totalizando 71 trabalhadores rurais.
Na última segunda-feira (6 de junho/2011), tiveram início dois cursos de Mecânico de Manutenção Automotiva, dos quais a Cocal tem 28 colaboradores participando – um no período da manhã, em Quatá, que conta com a parceria da Zilor; e outro noturno, no ponto de Apoio da Cocal, em Paraguaçu Paulista, em parceria com a Agroterenas. Na terça-feira (7 de junho), também começou o de Formação de Tratorista, em Iepê, com 32 colaboradores da Cocal; e nesta segunda-feira, dia 13, mais 11 trabalhadores da empresa participam do curso de Eletricista de Manutenção Automotiva, em Quatá.
Os cursos do Programa RenovAção tiveram início em 2010, ano em que a Cocal teve a participação de 58 de seus trabalhadores. Em paralelo à qualificação, a empresa investiu num projeto de Formação Interna visando à promoção dos trabalhadores para o cargo de auxiliar de Manutenção. “Durante um ano eles permanecem em atividades práticas complementares à formação teórica recebida, com acompanhamento periódico, até a efetivação como oficial”, comenta Letícia Garcia Alves, analista de Recursos Humanos da Cocal.
Além das aulas teóricas, com instrutores técnicos do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), a turma do curso de Mecânico de Manutenção Automotiva de Paraguaçu terá aulas práticas nas oficinas instaladas na sede da Cocal.
Preparada para o futuro
Em 2007, as indústrias do setor, fornecedores de cana e a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo firmaram um acordo, chamado de Protocolo Agroambiental, que antecipa o fim da queima da cana e, portanto, do corte manual, de 2017 para 2014. Com isso, uma grande parte de trabalhadores rurais terá que migrar para outras atividades, que exigem melhor qualificação profissional.
O fato é que o setor sucroenergético enfrenta uma nova realidade, uma vez que a evolução tecnológica tem acontecido de forma muito rápida e que a mecanização deixou de ser discurso para se tornar real. “Atualmente, a Cocal está com 80% da sua colheita de cana mecanizada, e sem a queima da palha”, informa o supervisor agrícola Cristiano Bastos da Silva.
Desde 2009, a empresa vem investindo com mais intensidade no corte e no plantio mecanizado de suas lavouras, mas na verdade, o processo de mecanização na Cocal já vem ocorrendo desde 2005. É um caminho sem volta e acertado, porque segundo afirma Cristiano, se não fosse a mecanização, as indústrias de modo geral não teriam expandido a produção de cana como vem acontecendo.