Professores da rede estadual entram em greve


Paralisação por salários melhores ocorre até sexta e adesão, segundo a Apeoesp, deve crescer a cada dia


Professores da rede estadual dão início nesta quarta-feira a uma paralisação de três dias para reivindicar melhores condições de trabalho, respeito à lei do piso nacional e à data-base da categoria, reajuste salarial anual e reposição de 37% de perdas salarias desde o governo Mário Covas.

Conforme o diretor estadual da Apeoesp (associação que representa os educadores e encabeça o movimento), Juvenal Aguiar, nesta quarta sindicalistas vão visitar escolas para conseguir ampliar a adesão à paralisação. 

“Ainda não temos como mensurar a participação, mas acredito que gradativamente isso vá crescer. São anos de descaso com os educadores. Não gostamos de greve, mas o governo não nos deixou outra saída. Apenas os diálogos e as promessas não resolvem as nossas perdas e não nos dão condições de melhorar a qualidade do ensino.”

Na região da Diretoria de Ensino de Marília são 3 mil professores e cerca de 40 mil estudantes, que podem ficar sem aulas por mais tempo se o sindicato e governo não chegarem a um acordo.

“Na sexta-feira vamos até São Paulo. Só de Marília vão sair dois ônibus lotados com destino ao Palácio do Bandeirantes. Nessa oportunidade vamos realizar uma assembleia geral da categoria e decidir se daremos continuidade ao movimento.”

Aguiar diz que há 20 dias o ministro da Educação Aloizio Mercadante defendeu índice de 22% de reajuste no piso nacional do magistério, mas que São Paulo oferece apenas 10,2%. “Ele foi claro que o crescimento do valor mínimo por aluno do Fundeb, que é o atual critério de correção, permite essa recuperação salarial. Entretanto, o governo estadual parece não concordar, por isso deflagraremos a greve. Desde que implantaram a aprovação automática,  os alunos saem da escola sem condições de realizar a síntese de um texto. É necessário mudar radicalmente esse projeto educacional.”

Fonte: Rede Bom Dia

 



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