Acusado de matar Juliana será julgado nesta quinta-feira; mãe da vítima concede entrevista



Após sete dias do assassinato, Daniel Cesar de Brito se entregou à polícia

Será levado a julgamento nesta quinta-feira, dia 14, no salão do júri do Fórum de Paraguaçu Paulista, o acusado de matar Juliana Honorato Lopes Pedroso, o seu ex-esposo Daniel César de Brito. O crime ocorreu no dia 13 de dezembro de 2010, em frente ao emprego da vítima.

A morta da jovem teve repercussão em todo o Brasil.

Sete dias após, o acusado pelo assassinato se entregou na Delegacia da Polícia Civil de Paraguaçu Paulista. Ele compareceu acompanhado do seu advogado de defesa. Daniel foi levado à cadeia pública de Palmital.


A mãe de Juliana Honorato recebeu a nossa reportagem em sua casa  

Uma das pessoas que mais sofreu com a morte de Juliana, a sua mãe, Maria Cristina Lopes Honorato, concedeu entrevista à nossa reportagem.

Maria Cristina disse que sua filha era uma ótima pessoa, nunca deu trabalho a ela. “Não tenho que falar da Juliana. Ela era uma menina excelente. Ela começou a trabalhar com quatorze anos na Unidade. No entanto, ela foi morte em frente ao serviço dela. Ela tinha dezesseis anos de trabalho ali”.

Após quase 18 meses do assassinato, a mãe de Juliana disse que a saudade permanece e nunca irá acabar. “Todo dia à noite, ao deitar, lembro dela. Levanto e a primeira pessoa que vem na cabeça é ela. Escuto os passos dela. Essa saudade nunca irá acabar”, relatou.

Sobre o acusado do assassinato, Maria Cristina disse que teve pouca convivência com ele, pois durante os nove anos em que Juliana conviveu com Daniel, eles moraram oito anos na casa da mãe dele. “Quando ela comprou uma casa, foi quando eu comecei a frequentar e conviver com ele”.

A mãe de Juliana disse que as brigas entre o casal se intensificaram logo após ela ter um infarto, e após a separação as ameaças iniciaram.  “No dia 23 de fevereiro de 2010 ela enfartou. Ela ficou muito debilitada. Ele começou a tomar conta das coisas da casa, aí eles brigavam e brigavam. Eles se separaram no dia 10 de abril. Ela foi lá e pegou algumas coisas dela. O resto que ela não conseguiu trazer, ele quebrou tudo. A partir daí, ele começou a ameaçar ela”.

Daniel chegou a falar para Maria Cristina como ele iria fazer para matar a ex-esposa. “Um dia ele chegou em casa e disse que já havia falado com o advogado dele e disse que já podia matar a ‘porquinha’. Ele falou que iria ficar apenas seis anos preso e que pagaria R$ 7 mil ao advogado para se entregar. Ele disse ainda que nossa família é muito festeira e que neste ano não iríamos ter natal e nem ano novo”, disse Maria Cristina.

No dia do assassinato, a mãe de Juliana estava trabalhando no Pronto Socorro e ouviu o barulho dos tiros, no mesmo momento já sabia que eles haviam sido efetuados contra sua filha. “Na hora que eu estava repondo um gesso ouvi um tiro e disse: Matou minha filha. Saí correndo. Vi ele mancando, pois ele fez uma cirurgia nos dois pés, por causa da joanete, para ele não sofrer na cadeia. Corri lá, vi ela caída e ainda com vida”.

Juliana Honorato Lopes Pedro morreu de traumatismo crânio encefálico e abdominal, provados pelos três tiros efetuados na cabeça e um na barriga.

Em entrevista ao jornal Folha da Estância, o advogado contratado pela família de Juliana, Dr. Orlando Machado da Silva, disse que o réu está sendo processado por homicídio qualificado por motivo fútil, por não ter se conformado com a separação; se condenado nos termos da acusação pode pegar uma pena de 12 a 30 anos de reclusão. “Espero que na hora de dosar a pena, o Juiz de Direito aplique a sanção acima do mínino, ou seja, mais do que 12 anos, ante todas as peculiaridades da conduta do réu em tirar prematura e covardemente a vida de uma jovem trabalhadora, que chegava ao seu local de trabalho para cumprir com seu dever de cidadã, de mãe, de filha, enfim, de uma pessoa jovem que tinha uma vida inteira pela frente”, disse o advogado.


Juliana morreu aos 32 anos

 

 

 

 

 

 



i7 Notícias