Nada de buracos ou falta de acostamento e sinalização, o que faz da Rodovia Manílio Gobbi, entre Assis e Paraguaçu, ser uma das mais perigosas da região é a imprudência dos motoristas.

Mesmo com a pista em ótimo estado, com pistas duplas e placas de sinalização, o número de acidentes ainda é grande. Só neste ano, oito pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas. “A rodovia é excelente, mas é a imprudência. Cada motorista tem a sua consciência e quer fazer ultrapassagem onde não pode”, comenta o químico Carlos Pereira da Silva.

Dos trinta quilômetros entre Assis e Paraguaçu, o fluxo de veículos é intenso, principalmente de caminhões, que utilizam a estrada para desviar dos pedágios da Raposo Tavares. “O grande problema é o fluxo alto de caminhões. Já chegamos a contar doze caminhões, um atrás do outro, que não dá disponibilidade de você passar e acontecem essas coisas erradas”, diz Rodrigo Rio.

A polícia faz operações constantes para tentar diminuir o número de acidentes e vem conseguindo. No ano passado, foram 104 acidentes contra 80 até agora. Ainda assim, a imprudência dos motoristas preocupa. “Mais de 99% dos acidentes acontecem por causa da conduta do motorista. No local que é para transitar a 100 km/h ele está acima da velocidade. Local onde não é para efetuar a ultrapassagem, eles efetuam e acabam se envolvendo em acidentes. O condutor é a chave do nosso trânsito. Se não tiver consciência não adianta ter a melhor rodovia, a melhor polícia fiscalizando, que não vai resolver muita coisa”, fala o Tenente Douglas Dias, da Polícia Rodoviária Federal.

Só neste ano, foram registradas oito mortes na rodovia

G1