Entre as 30 vítimas de ataques por peixes da espécie piranha ocorridos de domingo (23) até terça-feira (25) no balneário de Rancharia uma delas é a paraguaçuense Maria Elizabeth que teve um pedaço do seu dedo arrancado pelo peixe.
A vítima relatou a nossa reportagem que estava nadando quando sentiu uma mordida em um dos dedos do pé. “Senti como uma pessoa estivesse me mordendo e quando fui ver o meu dedo notei que tinha arrancado um pedaço”, relata. A jovem paraguaçuense foi encaminhada ao Pronto Socorro de Rancharia.
Ela questiona que os funcionários da portaria sabiam que ataques de piranhas estavam ocorrendo no local, mas, mesmo assim, eles não avisaram os visitantes. “Os porteiros sabiam e nem avisaram nós. Pagamos para entrar lá. Eles tão nem aí. Nunca mais vou lá”, reclama Maria Elizabete.
A paraguaçuense realizou um boletim de ocorrência e disse que irá processar a Prefeitura Municipal de Rancharia.
Um caso mais grave foi a de uma criança, moradora de Quatá, que quase teve um dedo do pé amputado. “Uma menina de 8 anos também foi atacada e a mordida chegou até no osso. Ela foi internada para fazer uma cirurgia para puxar o nervo e fazer um enxerto”, diz a vítima.
Por enquanto, a medida tomada pela Prefeitura foi colocar um carro de som avisando os banhistas para evitarem entrar na água, mas o local não foi interditado.
De acordo com o sargento dos bombeiros Luiz Leme Ferreira, até então já havia registro de incidentes envolvendo piranhas com pescadores, mas não com banhistas. “Dessa vez também são mordidas aleatórias, não ataques de vários peixes. Pode ser que as piranhas estejam fazendo ninho e quando uma pessoa chega perto, elas atacam”, fala.
Ainda conforme Ferreira, não há registros de ferimentos graves e dos 30 casos, 18 necessitaram de atendimento médico.
O secretário de Manutenção e Serviços da Prefeitura, Wagner Pereira, afirma que o balneário tem 40 anos, sempre teve piranhas, mas nunca houve ataques. “O local tem 13 km de área inundada e são dois pontos isolados onde ocorrem os casos. Infelizmente ocorreu no feriado do Natal”, salienta.
Maria Elizabeth, de 16 anos, foi uma das 30 vítimas atacadas por pirinhas no balneário de Rancharia
A jovem teve um pedaço do seu dedo arrancado pela moridida do peixe
Com informações do ifronteira
