CBF estuda colocar logo de plataforma de apostas nos uniformes das equipes da Série B do Brasileirão

Recentemente, a CBF tentou intermediar a participação dos clubes do futebol nacional na confecção da regulamentação das apostas em eventos esportivos no Brasil.


O mercado de palpites em eventos esportivos está mais aquecido que nunca no Brasil, e recentemente foi revelado que a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) teria enviado para os clubes que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro um comunicado para que eles colocassem em seus uniformes um patch contendo o nome completo do torneio. 

Isso seria uma alternativa para beneficiar a detentora dos naming rights do torneio nacional, a plataforma de apostas Betano, que conseguiria uma exposição enorme com a medida. A informação em questão foi revelada pelo portal especializado em conteúdo esportivo, ge. 

Segundo a CBF, caso a medida seja adotada pelos times, isso colaboraria para a valorização da Série B do Campeonato Brasileiro, sendo que causaria uma padronização da identidade visual dos uniformes dos times que participam do torneio, atitude que estaria em conformidade com os outros campeonatos organizados pela entidade máxima do futebol nacional. O tal patch seria estampado na manga direita da camisa de cada clube que disputa a segundona.

Contudo, a solicitação para que a marca da Betano seja exposta nos uniformes dos clubes da Série B vai de encontro aos contratos de patrocínios firmados por diversas dessas equipes com seus mecenas do mercado de apostas esportivas. Já que atualmente, muitos times do futebol nacional contam com patrocínios máster junto às operadoras de palpites em eventos esportivos, e geralmente os contratos firmados contam com uma cláusula de exclusividade.

Todavia, enquanto a CBF e os times da Série B não resolvem esse imbróglio relacionado a exposição da Betano nos uniformes, os torcedores que não tem nada haver com o assunto, podem continuar arriscando seus pitacos nas diversas novas casas de apostas online no Brasil. Como essas plataformas estão buscando aumentar sua atuação no país, elas oferecem diversas vantagens atrativas para os usuários, como bônus de boas-vindas generosos, odds acima da média, cash out elevado e grande variedade de mercados de apostas. 

CBF e o mercado de palpites

Recentemente, a CBF tentou intermediar a participação dos clubes do futebol nacional na confecção da regulamentação das apostas em eventos esportivos no Brasil. Com isso, a entidade máxima do futebol nacional chegou a enviar para o Ministério da Fazenda, pasta responsável pela Medida Provisória que regulamentará o setor, um texto solicitando um maior repasse na receita adquirida com as plataformas de palpites em eventos esportivos. 

A Lei 13.756 de 2018, que permite a atuação das operadoras de palpites no Brasil, prevê que 1,63% da receita líquida dessas empresas seja repassada para os times de futebol, contudo, a CBF solicitou que esse repasse fosse elevado para 4%. Em sua justificativa, a entidade argumentou que as operadoras que atuam no setor das apostas esportivas no Brasil exploram as marcas dos clubes e torneios. 

Com isso, a CBF seria a responsável por distribuir esse novo repasse, sendo que 80% seria enviado para os clubes, e 20% ficaria sob posse da entidade com o intuito de fomentar o desenvolvimento do futebol brasileiro. 

No entanto, representantes de diversos clubes não tardaram para demonstrar sua insatisfação com a solicitação da CBF, e em carta enviada para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontam que a Confederação Brasileira de Futebol não os representa nesse assunto.

Dessa forma, os principais clubes do Rio de Janeiro e São Paulo também solicitaram um aumento no repasse da receita adquirida pelas plataformas de apostas, saltando de 1,63% do líquido para 5,01% da receita bruta, e solicitando que o pagamento seja enviado diretamente para os times, sem qualquer intermédio da CBF. Em seu pedido, eles ainda destacaram que a entidade só deveria receber qualquer repasse do setor referente a apostas realizadas em jogos das seleções  brasileiras. Com a recusa dos clubes, a entidade abandonou a discussão da regulamentação do mercado de palpites no país. 
 



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