Com a alta do dólar, os preços das passagens em constante variação e um mundo cada vez mais conectado, o brasileiro não abriu mão de viajar, mas mudou hábitos. Segundo dados recentes do Ministério do Turismo, mais de 10 milhões de brasileiros realizaram viagens internacionais em 2024 – um crescimento de 7,5% em relação ao ano anterior. Porém, a busca por destinos exóticos e experiências fora do comum trouxe à tona um alerta: a importância de viajar protegido, especialmente quando se trata de saúde e imprevistos.
De acordo com um levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), 63% dos brasileiros que viajaram para o exterior em 2024 afirmam ter contratado algum tipo de seguro viagem. Uma tendência que acompanha a expansão das exigências de entrada em diversos países: só na União Europeia, mais de 20 nações obrigam a contratação de cobertura médica mínima para turistas. E, mesmo em destinos populares entre os brasileiros, como Estados Unidos, Argentina e México, os custos com atendimento médico podem superar facilmente US$ 10 mil por uma simples internação hospitalar. Para se ter ideia, uma consulta de emergência em Miami pode custar o equivalente a R$ 2 mil, enquanto um dia de internação pode ultrapassar R$ 7 mil.
O que o seguro viagem cobre e por que contratar?
Contratar um seguro viagem não é apenas um requisito burocrático, mas uma medida essencial de proteção pessoal e financeira. As principais coberturas incluem despesas médicas e hospitalares, translado sanitário, indenização em caso de morte acidental, repatriação, assistência odontológica e cobertura para extravio ou atraso de bagagem. Muitas apólices oferecem ainda suporte em casos de cancelamento de voo, perda de documentos e até assistência jurídica em situações de emergência.
O seguro é particularmente importante para grupos mais vulneráveis, como idosos, crianças ou pessoas com doenças crônicas, que podem demandar cuidados médicos específicos fora do país. Além disso, muitos planos atualmente já oferecem cobertura para problemas relacionados à COVID-19, atendendo uma preocupação ainda latente entre viajantes.
Como escolher o melhor seguro viagem?
Em meio a tantas opções no mercado, encontrar o melhor seguro viagem vai além do preço. O primeiro passo, recomendam especialistas, é analisar o perfil da viagem: viagens longas, esportes radicais, viagens em família ou com idosos exigem coberturas diferenciadas. É fundamental checar, por exemplo, se o plano inclui despesas médicas e hospitalares, cobertura para bagagem extraviada, assistência jurídica e até mesmo cancelamento por motivos de força maior.
Outro ponto importante é buscar seguradoras reconhecidas no mercado e com atendimento em português, fator que faz diferença em momentos de emergência. Plataformas online facilitam a comparação entre diferentes planos, mostrando preços, coberturas e avaliações de outros viajantes. Vale lembrar que, além do valor, é essencial observar o limite de cobertura, o tipo de atendimento oferecido (24h, via WhatsApp ou telefone) e a reputação da empresa nos órgãos de defesa do consumidor.
Segurança e tranquilidade: um investimento que vale a pena
Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), em 2024 houve um aumento de 18% na procura por seguros com cobertura para COVID-19 e assistência 24h. O perfil do novo viajante brasileiro é digital, informado e menos disposto a correr riscos desnecessários. Por isso, a tendência é que a contratação do seguro viagem deixe de ser um gasto extra para se tornar um item básico da lista, como passaporte e cartão de crédito.
Viajar é sinônimo de liberdade, descoberta e conexão. Mas, para que o sonho não se transforme em dor de cabeça, investir na segurança é fundamental. Afinal, prevenção nunca é demais quando se está longe de casa.